Trocar uma fruta por uma porção de pipoca na hora do lanche pode ser uma
opção não só saborosa, mas também saudável. Pelo menos é o que diz uma
pesquisa da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, nos Estados Unidos,
publicada neste domingo (25).
Um grupo de estudiosos descobriu que o petisco preferido dos cinéfilos contém
mais polifenóis - substâncias químicas antioxidantes - do que algumas frutas e
legumes.
Os antioxidantes, bastante presentes em frutas e hortaliças, são responsáveis
por diminuir a presença dos radicais livres no organismo, causadores do
envelhecimento e de várias doenças como câncer e Alzheimer. Não por acaso, os
alimentos que possuem essas substâncias são chamados de "funcionais".
Joe Vinson, autor da pesquisa e pioneiro na análise de componentes saudáveis
no chocolate, nozes e de outros alimentos comuns, explica que esses
antioxidantes estão mais concentrados na pipoca pela sua pouca concentração de
água, já que os polifenóis são diluídos no líquido.
"A pipoca tem apenas 4% de água em média, enquanto que os polifenois são
diluídos nos 90% de água que compõe muitas frutas e verduras”.
É na casquinha da pipoca que estão os polifenois e as fibras. Justamente a parte
que costuma ser descartada para evitar que se enrosquem entre os dentes, afirma
Vinson.
Ele explica que a pipoca é um alimento composto de 100% de grãos integrais,
enquanto outros que recebem a mesma denominação muitas vezes têm grãos diluídos
a outros ingredientes.
"Enquanto uma porção de pipoca irá fornecer mais do que 70% da ingestão
diária de grão integral, na média geral, apenas metade das pessoas consome uma
porção de grãos integrais por dia, e a pipoca poderia preencher essa lacuna de
uma forma muito agradável”.
Tanto entusiasmo, no entanto, não exclui ressalvas por parte do pesquisador.
Segundo ele, a pipoca só se torna um alimento saudável se for feita do jeito
tradicional, em uma panela ou pipoqueira na qual os grãos explodem no ar, sem
muito óleo e sal. As versões de microondas e as amanteigadas, como as vendidas
nos cinemas, não são recomendadas.
(Fonte: G1)
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