Qual o tamanho de um elétron? Quanto mede a menor coisa visível a olho nu? E, afinal, qual o tamanho de um ano-luz? A questão da escala é um dos maiores desafios da divulgação da ciência. Seja nas enormes distâncias do universo ou nas medidas mínimas do mundo nanométrico, é sempre complicado transmitir uma boa noção da diferença de tamanho, por exemplo, entre uma estrela gigante vermelha como Antares e o nosso Sol, ou entre uma molécula, um cromossomo e um nanotubo de carbono.
Por isso, iniciativas como o The scale of the universe, programa que teve sua segunda versão lançada recentemente (confira no link: http://htwins.net/scale2) e nos conduz por uma didática viagem pelo tamanho de quase tudo, são muito bem-vindas para aproximar conceitos científicos abstratos do público. Ainda mais se considerarmos que seus criadores, os irmãos Mike e Cary Huang, não são cientistas renomados, mas meninos de 14 anos. Assim como a história da menina que inventava moléculas, a iniciativa dos irmãos Huang mostra os resultados potenciais que podem ser obtidos ao se estimular o interesse dos jovens pela ciência.
Nossa história começa em 2010, numa sala de aula da Califórnia, Estados Unidos. Após o professor apresentar à turma um vídeo que comparava os tamanhos das células, Cary ficou impressionado e decidiu criar sua própria escala interativa das coisas. Dias depois, estava pronta a primeira versão do Scale of the universe. Sucesso na escola, o modelo também ficou famoso na internet, quando Mike ajudou a disponibilizá-lo na rede.
A segunda versão do programa é fruto de um ano e meio de trabalho dos irmãos. O aplicativo permite navegar por uma escala interativa do universo, desde a distância de Planck, menor medida possível prevista pela física, até o campo profundo observável do telescópio Hubble, uma das maiores distâncias já mensuradas pelo homem. Entre os extremos, podem ser comparados centenas de itens, de corpos celestes a seres microscópicos e nanoestruturas, todos com informações adicionais acessíveis com um simples clique e arranjados em uma escala logarítmica de potências de 10.
Apesar de registrar algumas imprecisões, como admite o próprio Cary, o programa também reflete a quantidade de informação científica disponível na internet, que poderia ser utilizada em atividades de ensino inovadoras. O trabalho despertou nos irmãos, além do interesse por programação e animação, a paixão pela astronomia.
Infelizmente, o programa, por ora, está disponível apenas em inglês. Mesmo assim, vale conferir, para ter uma ideia de quão grande e complexo é o universo em que vivemos. Também é possível acessar a sua primeira versão, já traduzida para o português (http://htwins.net/scale/pt.html).
Confira o vídeo-demonstração feito pelos autores do programa:
(Fonte: Revista Ciência Hoje)
Olá Caio!
ResponderExcluirAdorei a animação! Ficou bem claro como somos pequeninos neste universo do micro e do macro!
Bjus