sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

"Sexto sentido" - Pássaros conseguem sentir a chegada de tempestades

Algumas aves demonstram ter um sexto sentido para antecipar a chegada de tempestades e fugir, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira.

Enquanto estudavam pequenas aves migratórias com dispositivos de geolocalização, os cientistas observaram que elas abandonaram uma zona para se reproduzir pouco depois de sua chegada e dois dias antes de uma forte tempestade em abril, que provocou pelo menos 84 tornados no Tennessee, onde 35 pessoas morreram.

As mariquitas d'asa amarela ("Vermivora chrysoptera") viajaram 1.500km em cinco dias para escapar desta tempestade, disseram os autores do estudo publicado na revista especializada Current Biology nos Estados Unidos.

"O mais curioso é que estes pássaros abandonaram o lugar muito antes da chegada das chuvas", estimou Henry Streby, um ecologista da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

"Quando os especialistas do canal meteorológico nos disseram que a tormenta se dirigia a nós, os pássaros se preparavam para sair da zona", explicou.

Mariquita d'asa amarela ("Vermivora chrysoptera")
Segundo os pesquisadores, as aves, ao contrário dos humanos, são capazes de escutar infrassons de baixíssima frequência que se propagam em longas distâncias e são gerados principalmente por perturbações meteorológicas severas.

"Os meteorologistas e físicos já sabiam que as tempestades que geram tornados produzem fortes emissões de infrassons, que viajam milhares de quilômetros e a frequências as quais estes pássaros são mais sensíveis", explicou o ecologista.

Os pesquisadores também mostraram que esta espécie, que segue as mesmas rotas migratórias todos os anos, pode também efetuar deslocamentos fora de seus períodos de migração quando necessário.

Este sexto sentido dos pássaros é uma boa notícia para sua sobrevivência em meio ao aquecimento climático, que conduzirá a um aumento da intensidade e frequência de tempestades e tornados, destacaram.

"Isso significa que, diante ao aquecimento climático, os pássaros deverão se adaptar melhor do que alguns previam", afirmou Streby.

Fonte: France Presse (http://www.afp.com/pt/noticia/passaros-conseguem-sentir-chegada-de-tempestades)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Stephen Hawking: Inteligência artificial pode destruir a humanidade

Stephen Hawking, um dos mais proeminentes cientistas do mundo, disse à BBC que os esforços para criar máquinas pensantes é uma ameaça à existência humana.

"O desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana", afirmou.
Hawking fez a advertência ao responder uma pergunta sobre os avanços na tecnologia que ele próprio usa para se comunicar, a qual envolve uma forma básica de inteligência artificial.

O físico britânico, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa, está usando um novo sistema desenvolvido pela empresa Intel para se comunicar.

Especialistas da empresa britânica Swiftkey também participaram da criação do sistema. Sua tecnologia, já empregada como um aplicativo para teclados de smartphones, "aprende" a forma como Hawking pensa e sugere palavras que ele pode querer usar em seguida.

Hawking diz que as formas primitivas de inteligência artificial desenvolvidas até agora têm se mostrado muito úteis, mas ele teme eventuais consequências de se criar máquinas que sejam equivalentes ou superiores aos humanos.

Leia mais: Cientista quer converter ondas cerebrais de Hawking em palavras
"(Essas máquinas) avançariam por conta própria e se reprojetariam em ritmo sempre crescente", afirmou. "Os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e seriam desbancados."

'No comando'

Nem todos os cientistas, porém, compartilham da visão negativa de Hawking sobre a inteligência artificial.

"Acredito que continuaremos no comando da tecnologia por um período razoável de tempo, e o potencial dela de resolver muitos dos problemas globais será concretizado", opinou o especialista em inteligência artificial Rollo Carpenter, criador do Cleverbot, cujo software aprende a imitar conversas humanas com crescente eficácia.

Carpenter disse que ainda estamos longe de ter o conhecimento de computação ou de algoritmos necessário para alcançar a inteligência artificial plena, mas acredita que isso acontecerá nas próximas décadas.

"Não podemos saber exatamente o que acontecerá se uma máquina superar nossa inteligência, então não sabemos se ela nos ajudará para sempre ou se nos jogará para escanteio e nos destruirá", disse Carpenter, que apesar disso vê o cenário como otimismo por acreditar que a inteligência artificial será uma força positiva.

Ao mesmo tempo, Hawking não está sozinho em seu temor.

No curto prazo, há preocupação quanto à eliminação de milhões de postos de trabalho por conta de máquinas capazes de realizar tarefas humanas; mas líderes de empresas de alta tecnologia, como Elon Musk, da fabricante de foguetes espaciais Space X, acreditam que, a longo prazo, a inteligência artificial se torne "nossa maior ameaça existencial".

Voz

Na entrevista à BBC, Hawking também alertou para os perigos da internet, citando o argumento usado por centros de inteligência britânicos de que a rede estaria se tornando "um centro de comando para terroristas".

Mas o cientista se disse entusiasta de todas as tecnologias de comunicação e espera conseguir escrever com mais rapidez usando o seu novo sistema.

Um aspecto tecnológico que não mudou no sistema é a voz robotizada que externaliza os pensamentos de Hawking. Mas o cientista diz que não faz questão de ter uma voz que soe natural.

"(A voz robótica) se tornou minha marca registrada, e não a trocaria por uma mais natural com sotaque britânico", disse. "Ouvi dizer que crianças que precisam de vozes computadorizadas querem uma igual à minha."

Fonte: BBC Brasil (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141202_hawking_inteligencia_pai)

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Sonda da Nasa que hibernava acorda para começar missão rumo a Plutão

Sonda robótica New Horizons vai estudar Plutão e o Cinturão de Kuiper.
Observação científica do planeta anão começam em 15 de janeiro de 2015.

Depois de nove anos e uma jornada de 4,8 bilhões de km, a sonda robótica New Horizons, da Nasa, foi acordada da hibernação para dar início à sua missão sem precedentes: o estudo do planeta anão Plutão e seu lar, o Cinturão de Kuiper.

O "despertador" estava preparado para tocar neste sábado (6) e, 90 minutos depois, o veículo já começou a transmitir informações para a Terra sobre suas condições, incluindo o dado de que estava de volta ao modo "ativo".

A observação científica de Plutão, suas muitas luas e outros corpos no quintal congelado do Sistema Solar começam em 15 de janeiro, segundo o gerente do programa.

Plutão fica no Cinturão de Kuiper, uma região de miniplanetas congelados orbitando o Sol além de Netuno. É a última região inexplorada do Sistema Solar.

"É difícil subestimar a evolução que está acontecendo em nossa visão da arquitetura e do conteúdo de nosso Sistema Solar como resultado da descoberta do Cinturão de Kuiper", disse o cientista Alan Stern, líder da pesquisa. A sonda deve fazer sua maior aproximação de Plutão em 14 de julho.

Desde sua descoberta, em 1930, Pluão em sido um mistério, parcialmente por causa de seu tamanho relativamente pequeno. Cientistas lutaram para explicar por que um planeta com um raio de 1.190 km poderia existir além dos planetas gigantes de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Em 1992, astrônomos descobriram que Plutão, que fica 40 vezes mais longe do Sol do que a Terra, não estava sozinho em seu tamanho diminuto, o que levou a União Astronômica Internacional a reconsiderar sua definição de "planeta".

Em 2006, com a sonda New Horizons já a caminho, o título de "nono planeta do Sistema Solar" foi tirado de Plutão, que se tornou um planeta anão, categoria que tem mais de mil exemplares no Cinturão de Kuiper.

Com a aproximação do New Horizons, cientistas estão ansiosos pela primeira espiada no domínio inexplorado.

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/12/sonda-da-nasa-que-hibernava-acorda-para-comecar-missao-rumo-plutao.html)

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cientistas descobrem barreira que protege Terra de radiações

Escudo é capaz de manter elétrons muito energéticos a certa distância.
Barreira fica no Cinturão de Van Allen, camada ao redor da Terra.


Cientistas identificaram uma barreira quase impenetrável ao redor da Terra que impede que elétrons ultra-energéticos atinjam o planeta. Esse escudo fica no Cinturão de Van Allen, uma camada formada por partículas eletricamente carregadas mantidas no lugar pelo campo magnético terrestre.

Esse cinturão - formado por um cinturão interno (que fica entre 640 e 9,6 mil km acima da superfície terrestre) e outro externo (que fica entre 13,5 mil e 57 mil km) - foi descoberto em 1958. Sabe-se que eles são capazes de se expandir e de encolher e que se mantêm separados por alguma força.

Quando observações mostraram que elétrons muito energéticos mantinham-se sempre a uma certa distância da Terra, descobriu-se que a borda interna do cinturão mais externo de Van Allen funciona como uma fronteira que esses elétrons não conseguem penetrar em condições normais.

Os pesquisadores acreditam que a chamada plasmasfera, uma nuvem gigante de partículas carregadas que fica a cerca de mil km da superfície terrestre, estendendo-se até o cinturão mais externo de Van Allen, pode ser a responsável por esse escudo.

As partículas na borda externa da plasmasfera fazem com que as partículas do cinturão externo se dispersem e passem a se movimentar rapidamente ao redor do nosso planeta. Esse movimento é capaz de repelir os elétrons mais energéticos que tentam se mover na direção da Terra. Caso não fossem impedidos de chegar ao seu destino, esses elétrons poderiam ser prejudiciais.

"Essa barreira para elétrons ultrarápidos é uma característica notável dos cinturões", disse Dan Baker, cientista da Universidade do Colorado em Boulder. "Conseguimos estudá-la pela primeira vez porque nunca tivemos medidas tão precisas desses elétrons de alta energia."

A descoberta foi publicada na edição desta quinta-feira (27) da revista "Nature".

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/11/cientistas-descobrem-barreira-que-protege-terra-de-radiacoes.html)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Uma aspirina por dia pode prevenir câncer, diz estudo

A ingestão de uma aspirina por dia pode reduzir as chances de se desenvolver certos tipos de câncer, como de intestino e estômago, segundo um estudo britânico.

Cientistas da universidade Queen Mary, de Londres, analisaram cerca de 200 estudos sobre prós e contras da aspirina para a pesquisa, publicada pela revista médica Annals of Oncology.
No entanto, o estudo alerta que o remédio também pode provocar sangramento interno.

Os casos de câncer de intestino, estômago e esôfago chegam a ser reduzidos entre 30% e 40% pelo uso diário da aspirina.

Também foram encontrados indícios de que a droga pode também diminuir os riscos provocadas por câncer de mama, de próstata e de pulmão.

O estudo descobriu que pacientes precisam tomar o remédio por pelo menos cinco anos para obter algum benefício.

O coordenador da pesquisa, Jack Cuzick, da universidade Queen Mary, aconselha maiores de 50 anos a tomarem uma pequena dose (75mg) de aspirina por dia por uma década.

Para cada mil pessoas com mais de 60 anos que ingerirem a droga durante 10 anos, os resultados uma década depois seriam:
- 16 mortes a menos por câncer
- uma morte a menos por ataque cardíaco
- duas mortes a mais por sangramento interno


Efeitos colaterais

O próprio professor Cuzick vem tomando aspirina diariamente, e afirmou que os efeitos colaterais não podem ser ignorados

"Ainda assim, parece ser a coisa mais importante a ser feita para prevenir câncer, atrás apenas de parar de fumar e reduzir a obesidade. E provavelmente seria muito mais fácil de se implementar."

Os benefícios inclusive parecem continuar mesmo depois de as pessoas terem parado de tomar aspirina, embora não se saiba ao certo por quanto tempo.

Como o risco de sangramento interno cresce de acordo com a idade do paciente, os médicos sugerem que não se tome a droga por mais de 10 anos.

Além disso, também existem dúvidas acerca dos benefícios de doses maiores.

Entre os efeitos colaterais conhecidos, estão sangramentos no estômago e no cérebro.


Os pesquisadores dizem que se cada cidadão britânico com mais de 50 anos tomasse um comprimido diariamente durante 10 anos, 122 mil mortes poderiam ser evitadas.

O estudo constatou que 122 mil vidas poderiam ser salvas na Grã-Bretanha se todas as pessoas entre 50 e 64 anos tomassem uma aspirina diariamente. No entanto, estima-se que outras 18 mil morreriam por efeitos colaterais.

Entre os pacientes mais pré-dispostos a sangramentos estão aqueles que tomam medicação anticoagulante, fumantes e consumidores frequentes de álcool.

Uma representante da organização não-governamental Cancer Research UK, Julie Sharp, alertou contra a recomendação prematura da aspirina.

"Antes que ela possa ser recomendada na prevenção do câncer, algumas questões importantes precisam ser respondidas e novos testes precisam ser desenvolvidos para descobrir que pacientes têm mais chances de sofrer efeitos colaterais", afirmou Sharp à BBC.

Fonte: BBC Brasil (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/08/140806_aspirina_cancer_ebc.shtml)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O apocalipse das águas vivas está chegando?

Aquecimento global pode ser responsável pelo aumento do número de animais nas costas e mares

Talvez você só tenha visto reportagens sobre como a urina humana pode diminuir o efeito das queimaduras das águas-vivas. Provavelmente não esteve no réveillon de 2011 para 2012 quando as bichinhas atacaram a Praia Grande, no estado de São Paulo e pessoas precisaram colocar a técnica em prática. Mas saiba que sua sorte de ter escapado até agora pode estar diminuir: um novo estudo comprova que o número desses animais aumenta cada vez mais.

Na pesquisa, a University of British Columbia comprovou que a quantidade de águas-vivas tem crescido na maioria das costas e mares dos países e que o culpado por isso é o ser humano. Por enquanto, as regiões mais afetadas são a do Mar Mediterrâneo e a do Mar Negro, mas esses animais já causaram muitos danos em outros lugares nos últimos anos. Em outubro do ano passado, um "enxame gelatinoso" causou um resfriamento em um dos maiores reatores nucleares do mundo, na Suécia; em 2013, outro aglomeramento causou um grande pânico nas praias mediterrâneas na Europa; além de ter causado um prejuízo de 350 milhões de dólares à pesca do Mar Negro, como pode ser encontrado no livro de Lisa-ann Gershwin.

A causa apontada é o aquecimento das águas. Quanto mais quente a água, menos oxigênio ela possui - e esse é o ambiente ideal para esse animal. Em entrevista ao CityLab, um dos criadores do estudo, Lucas Brotz, disse: “Animais de águas quentes vão ter mais e mais áreas para se reproduzir e expandir”. A tese prevê um aumento das águas-vivas no leste dos Estados Unidos neste ano já, com um provável número de incidentes muito maior.

Além do aquecimento global, outro fator que colaboram com esse processo é de origem humana: a pesca. Com o aumento da pesca, muitos desses locais tiveram o número de predadores das águas-vivas diminuído, causando a expansão dos seres gelatinosos.

E os problemas com esses animais não param por aí: há cientistas que acreditam que elas são capazes de acelerar as mudanças climáticas no nosso planeta. Em um artigo divulgado, o australiano Tim Flannery disse que as águas-vivas liberam nas fezes um carbono que as bactérias preferem usar para sua respiração, tornando essas bactérias fabricadoras de carbono, o que aceleraria o processo do aquecimento global: um grande ciclo vicioso a favor das águas-vivas.

Fonte: Revista Galileu online (http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Pesquisa/noticia/2014/07/o-apocalipse-das-aguas-vivas-esta-chegando.html)

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Infecção por HIV inibe casos graves de H1N1, segundo estudo brasileiro

HIV estimula produção de proteína que inibe replicação de vírus H1N1. Em pandemia, observou-se menos mortes em pessoas com HIV e H1N1.

Cientistas brasileiros ficaram intrigados com um fenômeno observado durante a pandemia de H1N1 em 2009: apesar de o vírus ser mais agressivo entre pessoas com imunidade comprometida (como pacientes com câncer ou transplantados), surpreendentemente as pessoas infectadas com HIV apresentavam casos menos graves da gripe H1N1.

Ao estudar essa interação entre os vírus HIV e H1N1, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) descobriram que o HIV faz com que o organismo aumente a produção de uma proteína chamada IFITM3. Essa proteína tem um papel importante no combate ao H1N1, pois é capaz de bloquear sua replicação. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira (30) revista científica “PLOS ONE”.

Em um paciente infectado pelo HIV, os mecanismos de defesa do organismo ficam em alerta permanente, aumentando a produção de várias proteínas chamadas fatores de restrição, que tentam combater os vírus. Nessa “queda de braço”, o HIV consegue superar a resposta do organismo, garantindo a continuidade de sua replicação. O H1N1, porém, sucumbe diante de um desses fatores de restrição: o IFITM3.

Segundo o estudo, o HIV e o H1N1 convivem em dois tipos de células no aparelho respiratório: os macrófagos e as células do epitélio pulmonar. Na situação de infecção simultânea, uma molécula na superfície do HIV, chamada gp120, é a responsável por desencadear as reações que vão inibir a replicação do vírus H1N1.

Os autores do estudo, Thiago Moreno e Milene Mesquita, ambos do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC, afirmaram que o comportamento do H1N1 em pessoas infectadas pelo HIV depende do estágio de progressão para a Aids. Em indivíduos que já manifestam os sintomas da Aids, a gripe H1N1 tende a ser mais grave. “Sendo assim, embora nossos achados possam ajudar a explicar o que surpreendentemente aconteceu com inúmeros indivíduos infectados pelo HIV, naturalmente estes indivíduos devem continuar recebendo a vacina anual contra influenza conforme indicação do Ministério da Saúde”, afirmaram os pesquisadores.

Segundo os autores, a descoberta pode resultar em novas possibilidades de tratamento contra a gripe H1N1. “Mas ainda será preciso ter mais estudos até se chegar nesse resultado. Por exemplo, será preciso verificar qual a região destas proteínas do HIV são responsáveis pela indução do efeito anti-influenza e como podemos potencializar esta resposta.”

É possível, também, que esse mecanismo descoberto também tenha um papel na inibição de outros vírus, além do H1N1. “Já foi descrito que a proteína IFITM3 também restringe a replicação de outros vírus, como dengue e vírus da febre do Nilo. Assim, talvez no contexto de coinfecção com HIV, também exista restrição para este vírus, no entanto isso necessita ser investigado.”

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/06/infeccao-por-hiv-inibe-casos-graves-de-h1n1-segundo-estudo-brasileiro.html)

domingo, 29 de junho de 2014

Facebook realizou experimento secreto em usuários

Cerca de 600 mil usuários da rede social Facebook foram sujeitos a um experimento psicológico sem se aperceberem disto, informa o The Telegraph.

Especialistas selecionaram, por amostragem aleatória, mais de meio milhão de usuários e os dividiram em dois grupos. Os de um grupo recebiam em seu feed mais notícias positivas e os do outro, mais notícias negativas. A partir daí, as mensagens posteriores dos usuários envolvidos no experimento eram avaliadas do ponto de vista emocional.

O experimento demonstrou que as redes sociais influem no pensamento e nas emoções das pessoas.

“Quando o número de frases positivas nos feeds de notícias era reduzido, as pessoas publicavam menos status positivos e o efeito era inverso no caso de remoção de mensagens negativas. O resultado do experimento pode se resumir à afirmação de que as emoções manifestadas pelos usuários do Facebook influenciam nossas próprias”, comunicou um grupo de pesquisadores na revista PNAS, órgão oficial da Academia Nacional de Ciências estadunidense.

Fonte: Voz da Rússia online (http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_06_29/Facebook-realizou-experimento-secreto-sobre-usuarios-2012/)

terça-feira, 24 de junho de 2014

Cientistas detectam estrela que pode ser diamante do tamanho da Terra

Estrela pode ser a anã branca mais fria e com brilho mais fraco já detectada. Temperatura faz com que carbono se cristalize, como em um diamante.



Uma estrela identificada por um grupo de astrônomos pode ser a anã branca mais fria e com brilho mais fraco já identificada. A temperatura estimada do astro - de cerca de 2,7 mil ºC - determina que o carbono que o compõe tenha provavelmente cristalizado, o que faria dele um grande diamante, do tamanho da Terra.

"Essas coisas devem existir por aí, mas pelo fato de serem tão escuras, são muito difíceis de serem encontradas", diz o professor David Kaplan, da Universidade de Wisconsin-Milwaukee. Ele é um dos autores da descoberta, publicada na revista "Astrophysical Journal" nesta segunda-feira (23).

As anãs brancas são estrelas que têm mais ou menos o tamanho da Terra, compostas principalmente por carbono e oxigênio. Trata-se do estágio final da maioria das estrelas e tendem a esfriar e desaparecer ao longo de bilhões de anos.

A descoberta foi possível graças a observações feitas em instrumentos do Observatório Nacional de Radioastronomia (NRAO) e em outros observatórios. 

Primeiro, os astrônomos identificaram uma um pulsar chamado "PSR J2222-0137". Pulsares são estrelas de nêutrons, corpos muito densos com enorme gravidade, que giram rapidamente. É possível detectá-los por radiotelescópios, pois eles emitem ondas de rádio enquanto giram.

Os astrônomos identificaram que o pulsar girava 30 vezes por segundo e estava gravitacionalmente ligado a um segundo corpo celeste, que poderia ser tanto outra estrela de nêutrons quanto uma estrela anã branca.

Depois de observarem esse pulsar durante dois anos, cálculos permitiram determinar a distância do sistema em relação à Terra, de 900 anos-luz. Isso tornou possível uma análise mais precisa dos efeitos da gravidade do segundo objeto e a determinação da massa das duas estrelas.

A conclusão foi a de que o segundo objeto teria de ser necessariamente uma anã branca, de acordo com as informações coletadas. A equipe de astrônomos pôde, inclusive, determinar a localização precisa da anã branca. Mas ao tentar observar a região com luz óptica e infravermelha, nada foi detectado. "Se existe uma anã branca lá, e é quase certeza que existe, ela deve ser extremamente fria", diz o estudante de graduação da Universidade da Carolina do Norte Bart Dunlap, um dos membros da equipe de pesquisa.

A uma temperatura relativamente tão baixa, o carbono que compõe a estrela deve estar cristalizado, como em um diamante. Segundo os pesquisadores, outras estrelas do tipo já foram identificadas. Mas, por terem um brilho tão fraco, sua detecção é extremamente rara.

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/06/cientistas-detectam-estrela-que-pode-ser-diamante-do-tamanho-da-terra.html)

domingo, 22 de junho de 2014

Avós de neandertais viviam disputas como em Game of Thrones

Segundo pesquisa, tal como na série, antigos povos viviam em diferentes regiões e competiam frequentemente por terras

A luta violenta pela sobrevivência e a disputa de poder entre reinos e clãs desiguais pode ter levado alguns povos antigos a desenvolver características faciais mais rapidamente que outros, revela um estudo publicado nesta quinta-feira.

Uma nova pesquisa feita com 17 crânios de uma coleção de vestígios de 430.000 anos, encontrada na base de um poço subterrâneo na Espanha, sugere que as mandíbulas grandes foram a primeira característica proeminente destes pré-neandertais.

As grandes mandíbulas podiam estraçalhar carne, abrir-se amplamente e ser usadas como ferramenta ou como uma terceira mão, auxiliando os hominídeos a adaptar suas necessidades alimentares a um ambiente rude e frio.

Segundo o estudo publicado na revista Science, o fato de seus crânios serem compactos, sugerindo um cérebro pequeno, indica que o desenvolvimento do cérebro maior, visto nos neandertais, ocorreu posteriormente no processo evolutivo.

O grupo é a maior descoberta conhecida de vestígios humanos remotos, e incluiu 28 indivíduos, dos quais 7.000 fragmentos ósseos foram escavados desde que o sítio de Sima de los Huesos, nas montanhas Atapuerca, foi descoberto, em 1984.

Eram jovens adultos quando morreram, o que levanta uma série de dúvidas que ainda precisam ser respondidas pela ciência: como morreram? Como chegaram ao seu local de descanso eterno, na base do poço?

Cientistas afirmam que eles podem ter sido atirados - em ato cerimonial ou não - dentro de um buraco por seus conquistadores.


Chefe das pesquisas, Juan-Luis Arsuaga, da Universidade Complutense de Madri, comparou a história destes homens primitivos à trama de "Game of Thrones", popular série de TV baseada nos romances de George R.R. Martin.

"Nós achamos que um cenário de 'Game of Thrones' provavelmente descreve a evolução dos hominídeos na Eurásia e na África, no período Pleistoceno Médio", declarou a jornalistas.

"Como na série famosa, nunca houve um reino europeu uniforme e unificado no Pleistoceno Médio, mas um número de 'casas', vivendo em diferentes regiões e competindo frequentemente por terras", acrescentou.

Alguns grupos tinham relações próximas, inclusive com membros da mesma extensa família, mas outros, não.